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Género (português europeu) ou gênero (português brasileiro) é uma gama de características pertencentes e diferenciadas entre a masculinidade e a feminilidade. Dependendo do contexto, essas características podem incluir o sexo biológico: como o estado de ser do sexo masculino, do sexo feminino, ou uma variação intersexo (que pode complicar a atribuição do sexo). Também poderá incluir as opressões sociais baseadas no sexo, incluindo papéis sexuais e outros papéis sociais, e a identidade de gênero. Algumas culturas têm papéis de gênero específicos que podem ser considerados distintos das categorias "homem" e "mulher", como a hijra na Índia e Paquistão. Em culturas Ocidentais, aqueles que não se identificam como "homens" e "mulheres" costumam ser chamados de gênero não-binário ou gênero fluido.
O sexólogo John Money introduziu a distinção terminológica entre sexo biológico e gênero como um papel social em 1955. Antes de seu trabalho, era incomum usar a palavra "gênero" para se referir a qualquer coisa, exceto categorias gramaticais. No entanto, o significado da palavra dado por Money não se generalizou até a década de 1970, quando as teorias feministas abraçaram o conceito da distinção entre o sexo biológico e a construção social de gênero. Hoje, a distinção é rigorosamente seguida em alguns contextos, principalmente nas ciências sociais e em documentos escritos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em outros contextos, incluindo algumas áreas das ciências sociais, gênero inclui sexo ou o substitui. Por exemplo, em pesquisas com animais, gênero é geralmente utilizado para se referir ao sexo biológico dos animais. Essa mudança no significado de gênero pode ser atribuída na década de 1980. Em 1997, a Food and Drug Administration (FDA) começou a usar gênero em vez de sexo. Depois, em 2011, a FDA modificou sua posição e começou a usar sexo como classificação biológica e gênero como "auto representação de uma pessoa como homem ou mulher, ou como essa pessoa é respondida por instituições sociais com base na apresentação de gênero do indivíduo."
As ciências sociais têm um ramo dedicado aos estudos de gênero. Outras ciências, como sexologia e neurociência, também são interessadas no assunto. Embora as ciências sociais às vezes abordem o gênero como uma construção social, e os estudos de gênero geralmente abordam dessa forma, a pesquisa nas ciências naturais investigam se diferenças biológicas em homens e mulheres influenciam o desenvolvimento do gênero em humanos.